terça-feira, 18 de junho de 2013

O Mundo das Pimentas - Parte I

Quando o assunto é pimenta, é natural que o México seja primeiro lugar a surgir em nossas mentes, afinal de contas, é de lá que a maioria das mais variadas espécies veio. Mas vale lembrar que as Américas, em geral, são o berço deste rico ingrediente.

Apesar de o seu uso ser bastante difundido do lado de cá do planeta, apenas após as grandes navegações o restante do mundo teve acesso ao famoso ingrediente.

Hoje, são inúmeras as variedades de pimentas decorrentes principalmente de cruzamentos genéticos. E, por isso, não seria exagero afirmar que a pimenta é, atualmente, um dos insumos mais usados na gastronomia, ficando atrás somente do sal – comparação feita quando se leva em consideração sua utilização como condimento.


Nutrição e propriedades terapêuticas
Além de muito saborosas, pimentas também apresentam grandes benefícios para a saúde, podendo ser considerado, inclusive, um alimento funcional. Rica em vitaminas A, B, C e E, o tempero é fonte ainda de diversos componentes nutricionais, como o licopeno, a capseicina e o betacaroteno, além de minerais como potássio e zinco.

Com todas essas substâncias, vários são os benefícios a serem obtidos. Eis alguns exemplos:
• Controle do colesterol;
• Queima de calorias (a pimenta atua como termogênico);
• Antioxidante (estimula a produção de radicais livres, retardando o envelhecimento);
• Evita a formação de células cancerígenas;
• Facilita a digestão;
• Dificulta a formação de coágulos sanguíneos;
• Previne a artrite.

Contudo, assim como qualquer outro alimento, seu uso deve ser feito de forma moderada.


A escala de Scoville
A sensação picante é, sem dúvida, a principal característica da pimenta. Entretanto, existem algumas espécies onde este nível de ardor é tão baixo que se torna quase imperceptível ao paladar, a exemplo do pimentão. Por outro lado, na famosa malagueta, o ardor é tão alto que se seu uso não for sabiamente dosado, a sensação pode deixar de ser um prazer para se tornar um incômodo.

Para determinar em números o grau de ardor do alimento, o farmacêutico Wilbur Scoville criou, em 1912, um método que até hoje é utilizado para determinar o nível de capseicina (responsável pela “picância”) nas pimentas, o chamado Teste Organoléptico de Scoville.


Por Matheus Costa

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