quarta-feira, 17 de abril de 2013

Patas de Elefante para o Jantar


O mundo da culinária sempre foi muito rico, ao ponto de nos assustarmos ao nos depararmos com determinados pratos, digamos, exóticos. Alguns são mais comuns, como as preparações com tripas (como utilizado na buchada). Ao menos para nós, o cachorro como alimento é inaceitável, contudo para outros povos não.

O autor do clássico “Os Três Mosqueteiros”, o romancista e gourmand Alexandre Dumas, nos ensina como preparar patas de elefante. Segue a receita:

Patas de elefante à La Duglerez

Pegue uma ou várias patas de jovens elefantes e retire a pele e os ossos depois de as ter deixado drenar durante 4 horas em água morna. Divida-as em 4 pedaços no sentido do comprimento e corte-os em dois; afervente as patas na água por 15 minutos, passe-as em seguida em água fresca e escorra-as num guardanapo. No fundo de uma assadeira que feche hermeticamente, ponha 2 fatias de presunto de Bayonne, por cima os pedaços das patas, depois 4 cebolas, 1 cabeça de alho, alguns arômatas indianos, ½ garrafa de vinho madeira e 3 conchas de caldo. Cubra bem essa assadeira e deixe cozinhar por 10 horas em fogo brando; reduza o caldo de cozimento desengordurado a uma demi-glace, acrescentando um copo de porto e 50 pimentas verdes que você branqueou em água abundante e em fogo alto para conservar a cor. É preciso que o molho tenha bastante realce e sabor; observe sobretudo este último ponto.


E ainda aponta a seguinte orientação, variando a preparação de patas de elefante, atribuída a Levaillant: “As patas grelhadas são um manjar de rei; eu não podia imaginar que animal tão pesado e material pudesse fornecer refeição tão delicada; devorei sem pão a pata do meu elefante.”

E aí, vai encarar?

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 Grande Dicionário de Culinária ilustrado. Cultuado há mais de um século como fonte inesgotável de receitas e crônicas gastronômicas. Publicado pela Jorge Zahar Editor.


Por Jonas Rossatto


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